Inovação

O novo papel do fantasy game nos esportes: uma perspectiva de marketing

As parcerias entre empresas de fantasy game e o mundo dos esportes já estão redefinindo a forma com que as marcas se conectam com os consumidores

O novo papel do fantasy game nos esportes: uma perspectiva de marketing
Kiko Augusto, COO e co-founder do Rei do Pitaco

07 de maio de 2024

4 minutos de Leitura

Por Kiko Augusto, COO e co-founder do Rei do Pitaco

Nos últimos anos, temos observado uma mudança significativa em relação à atuação das plataformas de fantasy game no mundo dos esportes, sobretudo no contexto dos patrocínios. Empresas que tradicionalmente operavam apenas no mercado de entretenimento virtual estão, agora, explorando ativamente oportunidades de parcerias com atletas e clubes, fruto do crescimento explosivo do setor, que deve movimentar globalmente cerca de US$ 30,5 bilhões até 2027, segundo um estudo realizado pela TechNavio, empresa voltada para pesquisa de mercados. 

Diante de um cenário tão positivo, essa abordagem, já consolidada em países como Estados Unidos (em que Bryson DeChambeau, jogador de golfe profissional, já fechou acordos com a DraftKings) e Índia (cuja seleção nacional de cricket é patrocinada pela Dream11) entra no radar do mercado brasileiro de forma tímida, mas promissora, especialmente quando falamos sobre o marketing esportivo. 

É importante destacar que os acordos oferecem benefícios significativos a todas as partes envolvidas. Para as empresas de fantasy game patrocinadoras, as parcerias representam uma chance de aumentar a visibilidade da marca e alcançar grupos específicos, contribuindo substancialmente para o crescimento dos negócios. Isso porque, ao associar uma marca a clubes e atletas, é possível atrair os fãs de determinado esporte. Consequentemente, a segmentação e alcance do público-alvo ocorre de forma mais assertiva, por meio de uma comunicação mais direcionada e personalizada, aumentando a relevância das mensagens transmitidas e fortalecendo a conexão emocional com os consumidores. 

O Brasil, com sua paixão pelo futebol, apresenta um terreno fértil para experimentar essa estratégia, junto a uma variedade de outras modalidades como basquete, automobilismo, e-sports e handebol – este último, apesar de pouco falado, já obteve excelência em competições mundiais. Por isso, fomentar e incentivar outras categorias é algo essencial para ampliar o espectro de oportunidades e promover um ambiente esportivo mais inclusivo e dinâmico, com possibilidades de profissionalização para diferentes habilidades. 

Olhando para o lado dos clubes e esportistas patrocinados, os acordos apresentam uma fonte estável de receita adicional, que desempenha um papel fundamental no treinamento e desenvolvimento dos atletas, aquisição de recursos necessários, investimentos em infraestrutura e em programas de formação de jovens talentos. Ou seja, atuam como catalisadores do crescimento sustentável do ecossistema esportivo como um todo. 

Entretanto, as ações devem ser pensadas para além dos eventos esportivos, buscando gerar exposição contínua por meio de mídias sociais e plataformas de transmissão virtuais, por exemplo, com experiências de engajamento exclusivas, como concursos, eventos promocionais e conteúdo interativo, que não apenas promovem a marca, mas também aumentam a lealdade do público. Paralelamente, a partir disso, é possível demonstrar para outras organizações que o setor é promissor, articulando investimentos e marketing em torno do esporte.

Em suma, ouso dizer que as parcerias entre empresas de fantasy game e o mundo dos esportes já estão redefinindo a forma em que as marcas se conectam com os consumidores em diversas partes do globo, oferecendo uma oportunidade única de impulsionar o desenvolvimento da indústria esportiva, junto à construção de credibilidade e reputação das plataformas.

À medida que o mercado brasileiro continua a prosperar, podemos esperar que cada vez mais instituições abracem essa virada de chave do marketing.

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