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Comissão de clubes terá encontro antes de formalizar proposta para Libra

Grupo é composto por dirigentes de América-MG, Atlético-MG, Fluminense, Fortaleza, Inter e Associação Nacional de Clubes de Futebol

Comissão de clubes terá encontro antes de formalizar proposta para Libra

17 de maio de 2022

4 minutos de Leitura

Após uma reunião no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 26 clubes das Séries A e B que ainda não assinaram com a Libra emitiram uma nota oficial com os entendimentos do grupo para a criação de uma liga de futebol no Brasil. Eles anunciaram quatro princípios fundamentais, entre eles que a “divisão das receitas coletivas deve se dar de forma objetiva”, além de ter regras claras para evitar conflitos futuros.

Os clubes ainda informaram que vão ser “representados por consultores especializados que deverão atuar para negociar as questões econômicas e comerciais com o interlocutor/representante do grupo de clubes que anunciou uma união sob o nome de Libra”.

Essas empresas vão seguir as orientações de uma comissão formada pelos presidentes de América-MG (Alencar da Silveira Junior), Atlético-MG (Sérgio Coelho), Fluminense (Mário Bittencourt), Fortaleza (Marcelo Paz) e Internacional (Alessandro Barcellos), além do mandatário da Associação Nacional de Clubes de Futebol, Francisco José Battistotti, que representa as equipes da Série B.

Neste momento, conforme o MKTEsportivo destacou, os clubes que ainda não assinaram com a liga brasileira esperam uma mudança no estatuto que envolve, principalmente, a divisão igualitária de receitas.

ponto central é que estes clubes não aceitam os percentuais de divisão de receitas propostos pela Libra, que segue o 40-30-30, com 40% do valor arrecadado dividido igualmente entre os times; 30% de acordo com a performance no campeonato; e os 30% restantes envolvem critérios de média de público nos estádios, base de assinantes no streaming, seguidores nas redes sociais, audiência na TV aberta e tamanho da torcida. Eles priorizam o modelo 50-25-25, com 50% fixos dividido entre todos, 25% por performance no campeonato e 25% por audiência. Além disso, desejam que no estatuto, o clube de maior cota ganhe no máximo 3,5 vezes mais do que o time de menor.

No entanto, após conversas entre os presidentes, as reivindicações do bloco que ainda não aderiu à liga não estão tão distantes dos números apresentados no estatuto da Libra.

Abaixo, o comunicado divulgado pelos clubes:

Os clubes signatários se reuniram na manhã de hoje e reafirmaram seu compromisso em trabalhar na criação da liga de futebol profissional no Brasil, com o objetivo de transformá-la em uma das 3 maiores Ligas do mundo.

No entendimento destes clubes, 4 (quatro) princípios são fundamentais como pontos de partida da fundação da Liga:

  1. A Liga deve ser formada pelos 40 (quarenta) clubes que compõem
    atualmente as Séries A e B do Campeonato Brasileiro, permitindo a construção de um produto forte e que a comercialização coletiva maximize seu potencial econômico;
  2. A divisão das receitas coletivas deve se dar de forma objetiva,
    meritocrática e equilibrada, de forma que, respeitando as peculiaridades dos clubes, incentive os comportamentos corretos e não perenize discrepâncias decorrentes de contratos individuais negociados em contexto particular;
  3. A Liga deve ser formada tendo o máximo de pontos definidos de forma clara e objetiva, a fim de evitar potenciais conflitos futuros que gerem perda de valor para o produto.
  4. As normas de compliance devem existir desde a formação e devem ser claras, objetivas, rígidas e de padrão internacional.

Dito de forma simples, a Liga deve criar as condições para maximizar o tamanho da receita total e ser compartilhada de forma justa.

Os clubes signatários definiram que estarão representados por consultores especializados que deverão atuar para negociar as questões econômicas e comerciais com o interlocutor/representante do grupo de clubes que anunciou uma união sob o nome de LIBRA.

O objetivo dessa negociação entre os clubes é a criação da Liga com os 40 participantes das Séries A e B a partir de parâmetros técnicos e objetivos. As empresas nomeadas seguirão as orientações de uma comissão formada pelos Presidentes de América-MG, Atlético-MG, Fluminense, Fortaleza, Internacional e a ANCF – Associação Nacional de Clubes de Futebol.

América Futebol Clube
Associação Chapecoense de Futebol
Atlético Clube Goianiense
Avaí Futebol Clube
Brusque Futebol Clube
Ceará Sporting Club
Centro Sportivo Alagoano
Club Athletico Paranaense
Clube Atlético Mineiro
Clube de Regatas Brasil

Clube Náutico Capibaribe
Coritiba Foot Ball Club
Criciúma Esporte Clube
Cuiabá Esporte Clube
Esporte Clube Juventude
Fluminense Football Club
Fortaleza Esporte Clube
Goiás Esporte Clube
Grêmio Novorizontino
Londrina Esporte Clube
Operário Ferroviário Esporte Clube
Sampaio Côrrea Futebol Clube
Sport Club do Recife
Sport Club Internacional
Tombense Futebol Clube
Vila Nova Futebol Clube”

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