A Libra, entidade que irá representar os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro para organizar ambas competições, foi fundada com a adesão de 8 de 40 times possíveis.
Neste momento, o principal entrave que existe para uma adesão em massa é a divisão de receita. A Libra quer os clubes de maior torcida ganhando (Corinthians e Flamengo, por exemplo), no máximo, 3,5 vezes mais do que os que figurarem na parte de baixo da tabela. No atual cenário, a proporção é de 1 para 9.
A proposta de divisão da receita pela liga está no documento entregue na reunião desta terça-feira (3) pelos seis clubes (Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo) e pela Codajas Sports Kapital, empresa que montou o projeto de estruturação da Libra.
A principal divergência tem relação com a divisão financeira proposta pela Codajas Sports Kapital. A empresa, liderada pelo advogado Flavio Zveiter e que tem o banco BTG como captador de investidores para a liga, ofereceu divisão de 40% dos valores fixos, 30% variável por performance esportiva e 30% por audiência. Na % envolvendo o desempenho, o primeiro colocado receberia 6% deste total, com o 16º lugar embolsando 1%. Já os rebaixados receberiam 0,5%.
O grupo, que tem Mário Celso Petraglia, presidente do Athletico, como um dos líderes, defende que seja 50-25-25.
Os 14 clubes da Série A que ainda não aderiram à Libra estudarão os estatutos propostos pela liga para, futuramente, oficializar a entrada. Isso deve ocorrer no próximo encontro, marcado para quinta-feira (12). Alguns dos presidentes disseram na saída do encontro que isso “não será um problema”.
O nome Libra Administração e Participações S.A. já está registrado na Junta Comercial de São Paulo. A previsão para início da Libra é a partir do próximo dia 15, segundo o registro da Junta.
