Hoje a Reebok anunciou sua volta ao futebol por meio de um acordo de três temporadas com o Botafogo. Curiosamente, o atual proprietário da marca, o canadense Jamie Salter, também é sócio de John Textor na Eagle Football Holdings. A empresa detém uma participação minoritária do Crystal Palace, além de ser dona de 90% da SAF Botafogo, 80% do Molenbeek, time da segunda divisão da Bélgica, e tem uma parcela do Lyon, da França.
Até aqui, o Botafogo utilizava uma linha provisória, sem exibição de uma marca, já que a Kappa havia deixado o clube em março. No Brasil, a RB Brasil Artigos Esportivos é a responsável pela gestão da Reebok e fará o enxoval do Fogão.
Salter, por meio de sua empresa Authentic Brands Group (ABG), comprou a Reebok da adidas em agosto do ano passado. Pagou US$ 2,5 bilhões pela marca que havia sido adquirida pela alemã em 2006 por US$ 3.8 bilhões. Naquela época, o objetivo da adidas era fazer com que a Reebok a ajudasse a diminuir a distância para a Nike.
Quando Kasper Rorsted assumiu como CEO da adidas em 2016, ele lançou um plano de recuperação para a Reebok, que a ajudou a retornar à lucratividade, mas seu desempenho continuou a ficar distante do esperado foi então atingida pela pandemia.
Hoje, o portfólio da Authentic Brands Group (ABG) possui mais de 30 marcas que são vendidas em cerca de 6 mil lojas. Elas estão em setores de mídia, entretenimento, moda, casa, estilo de vida ativo e ao ar livre. Entre elas, estão a Aéropostale, Forever21 e a revista Sports Illustrated.
Na compra de 66,56% das ações do Lyon, John Textor teve ajuda financeira de Salter no negócio. Além disso, Textor também contou com uma linha de crédito de € 523 milhões da Cannae, do investidor Bill Foley, também dono do Vegas Golden Knights, franquia que disputa a NHL. Parte ou todo investimento poderá ser convertido em ações da Eagle Football, a empresa de Textor, que Salter também é sócio.