Indústria

John Textor pode abrir capital da Eagle Football

Grupo está planejando abrir o capital por meio de uma empresa de aquisição de propósito especial (SPACs)

John Textor pode abrir capital da Eagle Football

20 de janeiro de 2023

2 minutos de Leitura

A Eagle Football Holdings, grupo controlado pelo norte-americano John Textor, pode abrir o capital por meio de uma empresa de aquisição de propósito especial (SPACs, em inglês). A informação é do britânico SportsPro.

Já segundo o Financial Times, a Eagle Football pretende fazer uma avaliação de US$ 1.2 bilhão, abrindo assim seu capital ainda neste ano. O prazo ainda não foi definido e depende das condições de mercado.

A abertura de capital poderá trazer impactos aos clubes controlados pela Eagle, como é o caso do Botafogo. O movimento permite que as ações da empresa controladora dos clubes passem a ser negociadas na bolsa de valores.

As SPACs são conhecidas como “empresas de cheque em branco”, que podem ser negociadas publicamente e levantar dinheiro com finalidade de se fundirem com outras, durante determinado período.

Somente em 2021, empresas SPAC captaram mais de US$ 2 bilhões nos Estados Unidos para investir no Brasil.

No caso da Eagle Football, a movimentação tem como foco uma fusão entre o grupo e a Iconic Sports Acquisition Corp, SPAC criada pela Iconic Sports Management. Recentemente, a empresa fez um investimento de capital de US$ 75 milhões na Eagle Football, para acelerar a compra do Lyon.

Criada em 2021, a SPAC da Iconic Sports arrecadou US$ 345 milhões quando foi listada. A sociedade inclui o gerente de fundos de hedge dos Estados Unidos Jamie Dinan e o ex-banqueiro Alexander Knaster, que são donos do Milwaukee Bucks (NBA), e do Pisa, clube de futebol italiano da segunda divisão, respectivamente.

Além do Botafogo e do Lyon, a empresa de Textor é proprietária do clube belga RWD Molenbeek e do Crystal Palace, da Premier League.

Como funciona um SPAC?

O processo de criação de um SPAC é bem semelhante a levantar capital para um fundo de investimento. A diferença é que esse fundo terá ações listadas na bolsa de valores.

Eles costumam ser formados por investidores ou gestores (também chamados de sponsors) com experiência em uma determinada indústria ou setor de negócios, justamente para buscar fusões e aquisições nessa área.

Ao criar um SPAC, os fundadores às vezes têm em mente pelo menos um alvo de aquisição, mas não o identificam para evitar divulgações extensas durante o processo de IPO.

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