A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez uma proposta aos clubes de pouco mais de R$ 210 milhões por ano para bancar a Série B pelas próximas quatro temporadas.
A informação da proposta foi dada pelo Notícias da TV e confirmada pelo MKTEsportivo com pessoas envolvidas no negócio.
Os clubes devem responder à CBF até a próxima quinta-feira (9), quando uma nova reunião está agendada na sede da confederação. Neste encontro, um acordo de transmissão para a tv aberta com a Band também deve ser oficializado.
Como em 2022 o torneio contou com a presença de Cruzeiro, Vasco, Grêmio e Bahia, os valores pagos pelo Grupo Globo foram maiores. Para 2023, com o fim do contrato de TV e com os quatro clubes que possuem grande torcida agora na elite, a emissora carioca acredita que o campeonato se desvalorizou.
Prova disso é que a Globo chegou a oferecer um valor bem abaixo, aproximadamente R$ 50 milhões anuais, que foi rejeitado pelas equipes.
Proposta pode interferir em uma futura liga
A proposta feita pela CBF interfere na criação da liga brasileira de clubes. A intenção da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e Liga Forte Futebol (LFF) é que a primeira edição da competição, com um novo contrato de TV sendo negociado para as Séries A e B, acontecesse em 2025.
Em fevereiro, a LFF fechou com a gestora brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management para a venda de 20% da liga em um contrato que pode chegar a US$ 950 milhões. Para que o acordo seja ativado, precisa do aval de 36 dos 40 times das Séries A e B.
Assim, o fundo de investimento perderia os direitos de duas edições da Série B, inviabilizando o contrato.
Já a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) negocia com a investidora Mubadala Capital cerca de US$ 900 milhões por 20% dos direitos comerciais da futura liga, exigindo a presença de 80% dos clubes da Série A no acordo. Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Vitória, que integrarão a Série B em 2023, fazem parte da Libra. Caso aceitem a proposta da CBF, também enfraquecerá o acordo com a Mubadala.
