O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um decreto de incentivo ao futebol feminino no Brasil. Elaborado pelo Ministério do Esporte, o documento prevê a adoção de uma série de iniciativas qu poderão alterar de maneira significativa a realidade da modalidade no país.
Na ocasião, Lula, também acompanhado do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, oficializou a candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027.
O ato de assinatura do decreto ocorreu na cerimônia para recepcionar a taça da edição 2023 do torneio, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia, a partir de 20 de julho. O evento também contou com a presença da ministra do Esporte, Ana Moser.
“A CBF está muito feliz com projetos capazes de inserir a mulher no esporte, em especial o futebol, no momento em que nossa seleção de futebol feminino vai disputar uma Copa do Mundo e em que a taça da Copa do Mundo está aqui para ilustrar esse acontecimento”, disse Ednaldo Rodrigues.
“O governo estará à disposição da CBF para fazer o que for necessário para que a gente consiga trazer, em 2027, a Copa do Mundo feminina para o Brasil. Será um evento extraordinário. Será um evento motivador na construção de uma consciência política junto ao povo brasileiro para que entenda a participação da mulher, efetivamente, em todos os cantos que ela puder participar”, acrescentou Lula.
O texto assinado pelo presidente estabelece um prazo de 120 dias para a elaboração de um diagnóstico da situação do futebol feminino no país. Em seguida, será elaborado um plano de ações a serem realizadas até 2025, para implantação das estratégias. Para Ana Moser, um dos focos do texto será promover a maior participação feminina em cargos de gestão no futebol feminino e também em funções estratégicas como arbitragem e atuando em comissões técnicas.
“A estratégia é uma iniciativa transversal, que aborda princípios da agenda social deste governo: a equidade de gênero, o combate ao racismo e a redução das desigualdades. Essa abrangente agenda encontra no esporte, e em particular neste Ministério do Esporte, uma ferramenta importante. No caso do futebol feminino, a gente conta sempre com a parceria da CBF e das federações estaduais”, disse Ana Moser.
Por fim, o texto prevê ainda incentivos para clubes desenvolverem trabalho de formação de atletas do futebol feminino, além de parcerias com estados, municípios e entidades esportivas para o desenvolvimento da modalidade.