Após uma longa novela, agora é oficial: os clubes da Premier League aceitaram vetar a presença de empresas de apostas no patrocínio máster.
O anúncio segue uma extensa consulta envolvendo a liga, os times e o Departamento de Cultura, Mídia e Esporte como parte da revisão contínua do governo envolvendo a atual legislação de jogos de azar.
Na atual temporada, oito dos vinte clubes da Premier League têm uma empresa de apostas no máster. Os contratos de Fulham e Newcastle terminam no final de 2022/23. Já o Big Six, formado por Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Chelsea e Tottenham, não promove empresas do setor no espaço principal.
Para respeitar acordos que estão em vigência e auxiliar clubes na transição destes patrocínios, a medida passará a valer tão logo a temporada 2025/26 terminar.
Movimento dos clubes tem forte interesse por trás
O movimento dos clubes, mesmo cientes da perda de faturamento, tem explicação: caso não aceitassem de maneira espontânea, uma legislação governamental será ativada para proibir completamente a publicidade de jogos de azar. E isso envolveria qualquer espaço dos uniformes, placas e demais entregas.
Um novo regulamento sobre patrocínios esportivos será lançado pelo governo, mas os ministros afirmaram que não incluiriam o âmbito esportivo caso os times concordassem com as medidas.
A proibição não é novidade na Inglaterra
A Liga Inglesa de Futebol (EFL), responsável pelos três níveis de futebol profissional abaixo da primeira divisão, destaca que a proibição pode gerar um impacto negativo de £ 40 milhões por ano.
O tema é debatido há um tempo. Um comitê da Câmara dos Lordes já abordou a proibição em 2020. Uma revisão do Gambling Act foi lançada posteriormente pelo DCMS em dezembro de 2020, afirmando que esses aportes poderiam ser proibidos a partir de 2023.
Em abril do ano passado, o Comitê de Prática de Publicidade (CAP) do Reino Unido anunciou planos para proibir anúncios de apostas utilizando a imagem de celebridades do esporte e influenciadores.
Como se sabe, Espanha e a Itália já iniciaram movimentos similares de proibição de contratos de patrocínio com empresas de apostas.