Prestes a ser regulamentado, o mercado de apostas esportivas é o protagonista no quesito patrocínio nas Séries A, B, C e D do Brasileirão. Dos 124 clubes que formam as quatro divisões em 2023, 69,4% têm um aporte de plataformas do setor. Desses, 33,9% estão no espaço máster.
A Série B se destaca entre todas, afinal, todos os 20 clubes contam com parcerias comerciais neste segmento. Deles, 65% são de máster.
Já na elite, apenas o Cuiabá iniciará sua caminhada sem uma patrocinadora de apostas. No Brasileirão, 55% dos patrocínios ocupam o espaço mais valioso da camisa.
“Somos uma marca que foi pensada exclusivamente para o mercado brasileiro, não por acaso temos as cores do país. Desse modo, foi com grande alegria que celebramos fazer parte do Brasileirão. A competição mexe muito com a paixão do povo, assim como o galera.bet. Por conta disso, não medimos esforços para firmar esse acordo que vem desde o ano passado”, disse o CEO do galera.bet, Marcos Sabiá.
Dos 20 clubes da elite, 11 trocaram de casas de apostas em 2023. O mais recente caso envolve o Santos, que anunciou a chegada da Blaze como patrocinadora máster para ocupar o lugar da Pixbet. Válido por dois anos, o acordo renderá um total de R$ 45 milhões, aumento de 80% em relação ao que o clube ganhava da antiga parceira (R$ 12,5 milhões).
Outras mudanças ocorreram no América-MG (EstrelaBet); Athletico, Bahia, Goiás e Grêmio (Esportes da Sorte); Botafogo (Parimatch); Bragantino (MrJack.Bet); Corinthians (Pixbet); Cruzeiro (Betfair) e Fortaleza (Novibet).
“As casas de apostas têm se consolidado no cenário nacional e seu incentivo financeiro se torna cada vez mais importante. O Sport recebe da Betnacional um valor muito importante para as contas do clube e, com esta parceria, foi possível reformar o Centro de Treinamento e oferecer melhores condições para todos os nossos funcionários”, afirmou Yuri Romão, presidente do Sport.
“O patrocínio evidencia a evolução do clube no âmbito nacional. A Novibet, que é uma companhia de origem grega, nos escolheu para expor sua marca no Brasil e isso mostra como estamos construindo uma imagem de credibilidade para a instituição”, acrescentou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.
Indo para a Série C, “apenas” 60% dos clubes contam com patrocínios nesse segmento, sendo 25% no máster. Já na D, 54,7% dos 64 times que disputam o torneio têm investimento de plataformas de apostas, sendo 18,75% para o máster.
Torneios começam com patrocínios em dúvida
Conforme o MKTEsportivo adiantou ao mercado, a expectativa é que a MP da regulamentação saia até o final de abril ou início de maio. No cenário, estão clubes paulistas e cariocas, bem como a CBF, exigindo uma participação mais ativa na discussão do tema.
No entanto, como a taxa de licenciamento será de R$ 30 milhões por cinco anos, é esperado que várias empresas menores deixem de atuar no Brasil.
O governo focará em três estratégias para coibir as empresas que operarem ilegalmente no Brasil, entre elas, proibir o investimento das mesmas em marketing esportivo, como publicidade em TV ou patrocínio de clubes, federações e torneios.
Outra medida será dificultar o pagamento a essas empresas, com o bloqueio de Pix e boletos bancários. Desta maneira, os apostadores só conseguiriam fazer suas apostas por meio de cartões de crédito internacional. Por fim, tirar do ar os sites não licenciados no Brasil.
