A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deseja romper o seu contrato com a agência Sport Promotion para exploração de placas de publicidade das Séries A e B do Brasileiro. Para tal, entrou com um pedido de arbitragem no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA).
O pedido ocorre após a Sport Promotion obter uma liminar que obrigava 11 clubes a manterem contrato com ela mesmo pagando R$ 1 milhão de rescisão para assinar com a Brax. Como o MKTEsportivo destacou, a CBF busca um acordo amigável com todos os clubes e afirmou ser ela a responsável pelos direitos de comercialização do Brasileiro.
No documento, a CBF declara que a Sport Promotion não cumpriu com as obrigações contratuais. Desta maneira, quer a revogação da liminar que a agência conseguiu na Justiça e a rescisão do contrato.
A entidade ainda quer o pagamento de R$ 34.771.844,64 que a agência estaria devendo para ela referentes aos contratos das Séries A e B, além de R$ 14.217.315,00 que restam do contrato até o final de 2022.
“Analisando o teor da petição inicial e a fundamentação da decisão da D. Magistrada, percebe-se que acabou induzida em erro por conta de omissão de fatos e das alegações manipuladas da Sport Promotion, dolosa e artificiosamente, para fazer crer que estaria em dia com o cumprimento de suas obrigações e que passou por dificuldades financeiras por conta da pandemia”, destaca a CBF no documento.
Ainda sobre o pagamento exigido pela Confederação, ela alega que a agência está ciente da cobrança, mesmo que diga para a Justiça desconhecer a mesma.
“Tal conduta da Sport Promotion, recheando a inicial alegações inverídicas e omitindo fatos e documentos, para além da evidente litigância de má-fé, configura evidente ato atentatório à dignidade da Justiça, sem falar de configurar ilícitos penais previstos na legislação pátria, o que gerou, inclusive, a notificação da empresa pela CBF. Frise-se, a Sport Promotion tem total conhecimento dos seus inúmeros inadimplementos contratuais, especialmente do débito vultoso com a CBF – R$ 34.771.844,64 (trinta e quatro milhões, setecentos e setenta e um mil, oitocentos e quarenta e quatro reais e sessenta e quatro centavos)”, acrescentou a CBF.
Pelo seu lado, a Brax promete diminuir o abismo de valores praticados e colocar fim à disparidade. Ela fechou com Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Fluminense, Goiás e Juventude por três anos. Por trás da Brax, estão a Esportecom, responsável pelas placas do Carioca, a Market Sport, do ramo de tapetes em gramados, e a Printac, também responsável por placas no Brasil e na América do Sul.