A participação de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, no programa Conversa com Bial, da Globo, rendeu críticas ao mandatário do Flamengo, Rodolfo Landim. A declaração ocorreu quando o tema foi o processo de criação da liga brasileira de clubes.
Curiosamente, ambos estão na Liga do Futebol Brasileiro (Libra), grupo formado por mais 16 equipes, sendo 11 da Série A e 5 da Série B do Brasileirão.
“Olha, não digo que ele [Landim] seja um empecilho [para a criação da liga]. Ele não é. Ele não é empecilho porque não pode ser um empecilho, porque o Flamengo não joga sozinho, entende? Ele precisa dos outros clubes, sabe? Então, o que nós estamos tentando é que os presidentes de clubes entendam que a gente tem que valorizar o produto futebol, então a gente tem que esquecer um pouco da vaidade de cada um para o bolo crescer”, disse a dirigente.
Vale lembrar que a atual proposta da Libra sobre divisão de receitas manteria Flamengo e Corinthians, clubes de maior torcida e que recebem mais de direitos de transmissão, no topo de arrecadação.
A ideia do bloco é que ambos tenham um mínimo garantido para não ter uma queda drásticas de receitas. O período de transição para tal duraria cinco anos ou até que a liga conseguisse faturar R$ 4 bilhões por temporada em direitos de mídia e patrocínios.
Neste contexto, está a declaração de Leila sobre o Flamengo, já que o Palmeiras, mesmo em segundo no faturamento entre os clubes brasileiros, não terá direito a nenhum privilégio na divisão proposta pela Libra.
“As pessoas têm que entender que um depende do outro. O que reclamo muito é que um clube não pode se achar melhor do que o outro, porque não é. Vamos ver se isso caminha. Mas eu gostaria que estivesse caminhando de uma forma mais rápida, entendeu? E não está. Mas acho que em breve teremos novidades”, acrescentou Leila.
Atualmente, a Libra ensaia uma aproximação com a Liga Forte Futebol (LFF), grupo formado por 26 times, sendo 9 da Série A, 12 da Série B e 5 da Série C. A cláusula do mínimo garantido, porém, afasta a unificação para 2025, quando acaba o atual contrato de direitos de transmissão.
