Patrocínio

Marcado por polêmicas, PSG e Qatar Tourism Authority ‘terminam’ parceria

Grupo seguirá no clube por ser dono de 10% da Accor, novidade no uniforme para a próxima temporada

Marcado por polêmicas, PSG e Qatar Tourism Authority ‘terminam’ parceria

18 de julho de 2019

2 minutos de Leitura

Sem alardes, o PSG decidiu terminar sua parceria de sete anos a Qatar Tourism Authority (QTA), alvo de inúmeras investigações por parte da UEFA por conta do Fair Play Financeiro. O contrato, que expirou recentemente, não foi renovado. No entanto, a QTA ainda seguirá ‘ligada’ ao clube. Explicaremos mais adiante. Antes, vale uma contextualização.

Em 2011, o bilionário Nasser Al-Khelaifi, membro da família real do Qatar,  assumiu a presidência do PSG após adquirir 70% do clube com sua empresa, a Oryx Qatar Sports Investments. Foi apenas o começo da entrada de dinheiro proveniente do Oriente Médio. Em 2012, a Qatar Tourism Authority (QTA) chegou ao clube com um objetivo muito claro: equilibrar as contas do clube para a temporada 2011/2012 após altos investimentos em contratações de jogadores, entre eles, Zlatan Ibrahimović. Foram 107 milhões em 12 jogadores. No entanto, com o passar dos anos, o misterioso acordo acabou entrando no radar da UEFA.

Em novembro do ano passado, o Football Leaks divulgou que os atuais proprietários do PSG injetaram € 1.8 bilhão no clube, fraudando as regras do Fair Play Financeiro. As participações de Platini e Infantino permitiu que a equipe francesa não fosse banida das competições europeias. Para não cair no FPF, o PSG diluiu o valor obtido em renovações de contratos de patrocínio. Uma delas foi com a QTA, que deu uma “ajuda” de € 100 milhões ao clube. Em sua defesa, a empresa alegava que o investimento era feito para promover o Qatar como destino turístico para o mundo.

Com a saída da QTA, o PSG não demorou a se movimentar nos bastidores. Primeiro, anunciou a chegada da rede de hotéis Accor para o espaço máster de sua camisa. Em seguida, oficializou a renovação do seu fornecimento de material esportivo com a Nike até 2032. No primeiro caso, a prometida explicação do início da matéria: a Qatar Investment Authority possui 10% de participação no Grupo Accor, o que acabou facilitando o negócio. Suspeito?

O que não se pode negar é que, aos poucos, o PSG adota uma nova postura comercial. O seu objetivo de se distanciar dos ‘gasdólares’ e equilibrar suas contas para passar longe dos olhos da UEFA, parece cada vez mais próximo.

 

 

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