Copa do Mundo 2022

Após sucessivos vetos na Copa, Dinamarca ameaça deixar a FIFA

Veto à braçadeira "One Love" foi o estopim para o país buscar medidas drásticas contra a entidade

Após sucessivos vetos na Copa, Dinamarca ameaça deixar a FIFA

23 de novembro de 2022

2 minutos de Leitura

Um novo capítulo na delicada relação da Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU) com a FIFA. No centro dela, questões relacionadas a direitos humanos.

Após a entidade vetar o uso da braçadeira ”One Love”, em apoio à causa LGBTQIA+, que estaria no braço de diversos capitães dos times europeus da Copa do Mundo 2022, o presidente da DBU, Lesper Moller, afirmou ao site The Athletic que pode pedir a desfiliação da FIFA.

Para ele, a entidade tem que rever sua política de direitos humanos. Moller destaca que a possibilidade já vem sendo debatida junto à outras federações da região nórdica desde agosto.

Os dirigentes da DBU também afirmaram que não irão apoiar uma possível reeleição do presidente Gianni Infantino.

O posicionamento da Dinamarca e outras seleções da Europa

A Dinamarca, Inglaterra, País de Gales, Holanda, Bélgica, Suíça e Alemanha uniram forças neste Mundial em questões relacionadas a direitos humanos. Todos pretendiam utilizar o adereço de apoio à causa LGBTQIA+, mas recuaram após a FIFA anunciar quais seriam as punições.

O veto à braçadeira “One Love” fez com que a foto oficial do time alemão antes da partida contra o Japão fosse tampando a boca.

Segundo a FIFA, a braçadeira representaria uma manifestação política, algo que é proibido pela entidade em suas competições.

A mesma Dinamarca pretendia utilizar, durante os treinos no Catar, camisetas com mensagens de apoio à causa dos direitos humanos. Neste caso, a BDU chegou a pedir autorização para a entidade máxima do futebol. Vetada. O mesmo com a palavra “Love” na camisa reserva da Bélgica.

Mesmo assim, a Dinamarca, em parceria com a sua fornecedora, a Hummel, utiliza uma camisa de jogo em protesto contra o país-sede.

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