Coluna

David Beckham e a importância de ter uma “causa”

Figura importante na carreira do ex-jogador, Gary Neville abordou o lançamento da série e a mentalidade do Manchester United da década de 90

David Beckham e a importância de ter uma “causa”
Foto: Times Newspapers Ltd

09 de outubro de 2023

3 minutos de Leitura

Eduardo Esteves
Eduardo Esteves
Fundador do MKTEsportivo

A série documental sobre David Beckham, que entrou na Netflix na semana passada, é obrigatória para os amantes do marketing esportivo. Afinal, trata-se de uma das figuras mais icônicas do futebol e do mundo dos negócios.

Com quatro partes e dirigido e produzido por cineastas vencedores do Oscar, ela oferece uma visão íntima e fascinante da jornada de vida do ex-jogador e atual dono de um clube da MLS.

Beckham foi descoberto pelo lendário Sir Bobby Charlton quando tinha apenas 12 anos de idade. Ele passou por todas as etapas das categorias de base do Manchester United, até ser promovido à equipe principal em 1993. Sobre sua passagem pelos Red Devils, há uma figura importante: Gary Neville.

De imediato, é possível notar como o ex-lateral foi uma das pessoas mais próximas do astro e como a sua mentalidade de jogo em equipe influenciou Beckham em momentos estratégicos de sua carreira.

Por conta do lançamento da série, Neville escreveu algo muito interessante e que faz um paralelo com o universo corporativo. Para ele, um dos segredos daquele Manchester United era que cada um tinha uma “causa” em jogo, um proposito de entrar em campo e que não atrapalhava o coletivo, pelo contrário.

E você, já encontrou a sua “causa”?

Foto: Action Images

Deixo, na íntegra, as palavras de Gary Neville. Vale a reflexão.

Esta semana assisti ao documentário de David Beckham e isso fez-me pensar no que move as pessoas.

No United, éramos uma equipe que trabalhava arduamente todos os dias e nunca cedeu.

Mas por quê?

E penso na palavra “Causa”.

Todos nós tínhamos a nossa própria causa.

Minha causa de levantar todos os dias, trabalhar duro e lutar por tudo foi porque eu não podia pensar em deixar o United e ter que jogar em outro clube. Fiz de tudo para estar no clube que adorava desde os 5 anos de idade.

Nunca perguntei ao David [Beckham] qual era a causa dele, mas sempre senti que ele queria ser um superastro global, e para isso ele tinha que conseguir o que fez no United e depois veio o Real Madrid, e todos os outros clubes. O futebol nunca foi suficiente para ele e ele sempre quis ser maior.

Para Roy Keane, acho que era preciso ganhar. Ele não podia perder. Ele genuinamente tinha essa mentalidade vencedora.

Se você está indo para o trabalho todos os dias e não tem certeza do porquê ou do que está almejando no que está fazendo, vale a pena parar e pensar sobre qual é a sua “causa”.

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